Ficha Técnica
Produtora: | DeValley |
Distribuidora: | Vivendi Games Mobile |
Plataformas: | J2ME |
Gênero: | Beat ’em up |
Nº de Jogadores: | 1 |
Data(s) de Lançamento: | 2007 |
História
Crash dormia tranquilamente quando Aku Aku chega apreensivo e o acorda. Aku Aku diz que Dr. Neo Cortex havia voltado e estava usando uma substância que podia ser encontrada na ilha chamada Mojo, com a qual estava usando para criar terríveis animais mutantes, algo muito mais avançado que o antigo Evolv-O-Ray. Aku Aku também diz que Cortex estaria atrás das 4 lendárias Máscaras Tiki de Wumpa Island, as quais possuem grande poder Mojo e se Cortex chegar a ter controle sobre elas não existirá maneira de detê-lo.
Então, usando suas novas técnicas e principalmente a nova técnica de Aku Aku chamada Jacking, Crash e Aku Aku partem para o combate aos animais mutantes de Cortex e para salvar o mundo mais uma vez.
Galeria
Análise
por Fagner – em 27/12/14
Em 2007, Crash of the Titans é lançado pela Radical Entertainment para PS2, PSP, Wii e XBox 360, trazendo uma jogabilidade e um visual novo a série, que passou de Aventura/Plataforma para Beat ‘n Up, mudança que não agradou a maioria dos fãs da série (com eu por exemplo), principalmente para aqueles que a acompanhavam desde o PSone (como eu por exemplo). O jogo também ganhou uma versão para Gameboy Advance (GBA), que é diferente das outras. Ele também ganhou uma versão para os celulares Java, porém essa versão é a que mais se diferencia das outras e é em muitos pontos mais fiél aos clássicos do que as outras. Lançado também em 2007 pela DeValley e publicado pela Vivendi Games Mobile, Crash of the Titans Mobile é mais um jogo de Crash Bandicoot para se divertir onde estiver, mesmo que não seja como os clássicos. O nome do jogo é uma clara referência ao filme “Clash of the Titans”. A história do jogo em minha opinião é melhor do que as versões de console.
Antes de mais nada, não espere gráficos bonitos e cheios de detalhes, pois em gráficos, Crash of the Titans é bem simplificado. Os cenários muitas vezes chegam a ser confusos, muitas vezes você não sabe se está em uma floresta ou em um templo, principalmente se seu celular for de baixa resolução, mas há outros que são mais coloridos e distinguíveis, porém sem muitos detalhes. Se formos falar dos sprites de personagens e de inimigos, aí é outra história, pois eles possuem várias animações e detalhes, apesar de simples.
Em resumo, Crash of the Titans trás gráficos medianos, um dos motivos que torna o jogo tão leve.
Essa é a melhor parte do jogo (pelo menos em minha opinião). Ao invés de optar por criar um estilo novo de trilha sonora como a Radical Entertainment fez nos consoles, a DeValley optou por usar o velho estilo clássico dos clássicos do PSone nas músicas do jogo. O resultado é que temos músicas incríveis, mesmo que em MIDI, a trilha sonora das fases é incrível, inclusive, Crash of the Titans do Java tem uma música tema exclusiva. O jogo não possui efeitos sonoros, mas só as músicas valem a pena, tem que ser bem exigente para reclamar das músicas.
Tanto nos consoles como no Java, Crash of the Titans trouxe novos visuais para os personagens, o que não agradou muitos dos fãs (como eu por exemplo). Nos consoles os visuais ficaram ruins, mas no Java estão bem piores, chega a ser decepcionante:
– Crash parece o Crash clássico. Seria ótimo… Se ele não usasse luvas de boxe (de onde tiraram isso?);
– Cortex parece uma mistura bizarra da sua versão clássica com a do Crash of the Titans dos consoles; – N. Gin e Nina quase nem são reconhecíveis mais;
– Tiny Tiger está bem estranho (e olha que nos consoles ele é horrível), mas o fato dele possivelmente ter sofrido uma segunda mutação (desta vez com Mojo) explica o fato dele estar tão diferente;
– Coco e Aku Aku são os únicos com visual quase iguais aos do Crash of the Titans dos consoles.
O jogo é um típico Beat ‘n Up 2D ao estilo Final Fight, porém Crash of the Titans trás como diferencial e “marca” o Jacking do Aku Aku, com o qual você pode controlar inimigos no jogo, mas no Java temos uma vantagem comparado com as do console, no Java QUALQUER inimigo do jogo pode ser controlado, seja ele Minion ou Titan, o que abre um leque muito maior para o jogador, criando diversas maneiras de vencer inimigos e passar fases.
Outro diferencial no Java é que você não pode ficar o resto da vida controlando um Titan como nos consoles, aqui ao “jackear” um inimigo temos uma barra verde escrito “Jack” acima da barra de vida que indica o tempo em que você poderá ficar controlando aquele Titan e quando ela se esgota, o Titan se solta e você é projetado para longe, isso torna a jogabilidade mais realista. Nas fases haverão obstáculos que só podem ser destruídos se você estiver controlando um inimigo específico (semelhante as versões de console). Crash of the Titans para Java também possui Titans exclusivos, mas também possui vários Minions e Titans das versões de console.
Uma coisa fiel aos clássicos da série é que aqui você coleta Wumpas (e não Mojo como nos consoles), que podem ser trocadas por habilidades com a Coco nas Lojas. Aqui o Mojo é usado como pontuação, ou seja, foi tornado uma substância rara (o que também deveria ser na versão original dos consoles).
As fases são separadas em missões, e elas são bem variadas, temos fases de combate, contra o tempo, sobrevivência, corrida, surf e minigames, além dos chefes que fazem a história prosseguir. Ao passar as fases você é premiado com rankings que variam de acordo com seu desempenho na fase, sendo eles (do melhor para o pior): Medalha de Ouro, A, B e C.
Os combos do jogo não são muitos, porém o clássico giro é prioridade, mais um ponto para a DeValley por tentar manter ataque clássico do Crash como o principal (e não secundário como nos consoles. Na verdade aqui ele dá alguns socos antes, mas o giro torna-se o principal golpe para tontear qualquer Titan, até os mais maiores).
O jogo não possui um botão para pulo, Crash pula automaticamente ao chegar próximo a um buraco e a distância do pulo é definida pela velocidade em que Crash está correndo. O botão faz uma falta enorme, é meio chateante a situação, pois sem o controle dos pulos, eles se tornam um tanto aleatórios e muitas vezes você acaba caindo nos buracos sem intenção (“E desde quando alguém joga com intenção de cair em um buraco sua anta!” Você sobre essa bobagem que acabo de escrever). Brigar perto de buracos pode não ser uma boa ideia por causa disso, pois se te baterem e jogarem perto da beira e o jogo interpretar que você quer pular ele irá pular bem perto, quase sempre caíndo no buraco. O único controle que você tem do pulo é a aterrisagem, em que apertando 5 no meio do ar ele para o pulo e aterrisa imediatamente, mas não é muito útil em situações como a acima.
No geral, a jogabilidade é defeituosa, mas é boa.
Tirando os visuais dos personagens, Crash of the Titans é um jogo agradável, a DeValley tentou o máximo possível manter o jogo ao estilo clássico sem fugir do objetivo de fazer “uma versão mobile de um jogo de console”. No final das contas, a DeValley criou um Crash of the Titans bem diferente do Radical Entertainment, história mais interessante, Titans exclusivos e Jacking livre, além de outras vantagens. Apesar de não ser o estilo clássico que é o melhor, Crash of the Titans merece um lugarzinho no seu celular, afinal ele é bem leve e é bom tê-lo para se divertir, mesmo que de vez em quando.
Nota do Site
8.3
Ótimo
Pontos Positivos
- Jogabilidade com elementos dos clássicos da série
- Jacking livre
- Trilha sonora incrível
- Fases variadas e desafiantes
- Campanha longa
- História melhor que a dos consoles
Pontos Negativos
- Não há botão de pulo
- Cenários simples
- Alguns personagens têm visuais estranhos
- Há defeitos ridículos na jogabilidade