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Ficha Técnica

Spyro Reignited Trilogy Box
Produtora(s):Toys for Bob
Sanzaru Games
Iron Galaxy (PC)
Publicadora(s):Activision
Plataforma(s):PlayStation 4, Xbox One, Nintendo Switch, PC (Steam)
Gênero(s):Aventura, Plataforma
Modo(s):1 Jogador
Data(s) de Lançamento:13/11/2018 (PS4/XOne) – 03/09/2019 (Switch/Steam)
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Spyro Trailer 1
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Spyro Reignited Demo
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Spyro Reignited Trailer 2
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Spyro Reignited Trailer 5
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Análise

por Paulo DB – 19/11/2018 – Análise da versão PS4

Geral

Em abril de 2018, após várias especulações, a Activision finalmente anunciou que estava trabalhando numa remasterização dos jogos clássicos de Spyro para as plataformas PlayStation 4 e Xbox One. Foram então iniciadas as divulgações de vídeos de gameplay e artes conceituais do game que estava sendo desenvolvido pela Toys for Bob, a mesma produtora responsável por alguns jogos da série Skylanders. Inicialmente planejado para ser lançado em setembro, Spyro: Reignited Trilogy, como foi intitulada a trilogia, teve sua primeira demonstração oficial disponibilizada durante a E3 de 2018, com a apresentação das fases Tree Tops e Toasty do primeiro jogo.

A mesma demonstração veio mais tarde para o Brasil na primeira edição do Brasil Road Show, evento promovido pela Activision Brasil, e que tive a oportunidade de participar. Como foi dito por mim durante a prévia do jogo, a jogabilidade parecia um pouco travada e facilmente perdia-se o controle do Spyro durante as corridas com a chifrada, porém os gráficos já estavam lindíssimos, mesmo em fase beta. Porém, surpreendentemente, mais tarde, a Activision anunciou que a Toys for Bob precisaria de mais algum tempo para terminar o desenvolvimento do jogo, prorrogando seu lançamento para 13 de novembro de 2018.

O motivo apresentado pela Toys for Bob foi a necessidade de fazer alguns ajustes no jogo, otimizando parte gráfica e jogabilidade, porém uma polêmica que foi levantada pela própria página oficial do jogo foi argumentado por alguns fãs do Spyro e ela estava relacionada à necessidade, segundo o site, de ter que baixar partes dos 3 jogos, ou seja, os 3 jogos não viriam no disco, sendo necessário baixar pela internet os conteúdos restantes assim que colocasse o disco pela primeira vez no console (fato que se consolidou mesmo no lançamento).

Esta análise que será feita dos jogos, levarão em conta seus aspectos técnicos, desconsiderando então essa polêmica de ter que baixar os jogos.

De forma geral posso dizer que, tirando este ponto de ter que baixar os jogos (que são até grandes – ocupando mais de 60GB no HDD dos consoles, os 3 jogos), a trilogia ficou incrível e apenas alguns outros pontos impediram de dar notas melhores nos jogos. As notas acima resumem bem o que será dito na análise a seguir.

Spyro 1 Reignited Logo

Spyro the Dragon

Spyro the Dragon é, sem sombra de dúvidas, o jogo mais simples da trilogia original e era esperado que ela fosse assim na versão remasterizada, mas surpreendentemente não é tão simples quanto à versão original (de 1998), pois agora no jogo foi incluída uma lista de Skill Points, que são pontos dados a certas tarefas realizadas pelo jogador durante a aventura e, ainda mais incrível que isso é o fato desses Skill Points não estarem relacionados diretamente às conquistas/troféus do jogo.

Um ponto positivo, e super bem-vindo para nós brasileiros, é que o jogo está COMPLETAMENTE localizado em português do Brasil. E quando digo “localizado totalmente”, me refiro inclusive aos nomes de alguns personagens do jogo que, no Spyro 1, são os dragões e balonistas. Isso ajuda bastante aos jogadores mais novos, principalmente, para se sentirem totalmente imersos na história do jogo.

Uma das promessas da produtora era em relação aos dragões que Spyro liberta no jogo. Todos eles são totalmente únicos, possuindo suas aparências e personalidades específicas. Dragões do mundo Artisans (Artesãos) são todos relacionados às artes; no mundo Peace Keepers são relacionados à guerra; e assim por diante. Graficamente o jogo está belíssimo e as cutscenes iniciais e finais do jogo foram totalmente reimaginadas e, para a surpresa de todos, a cutscene inicial explica muito melhor como Gnasty Gnorc ouviu o que os dragões disseram sobre ele, que ocasionou a confusão toda no Mundo dos Dragões. Spyro tem animações fluidas e os momentos em que ele está parado, há uma diversidade maior de movimentos. Sparx, a libélula que acompanha Spyro, talvez tenha sido o personagem que mais sofreu com essa remasterização. O personagem sempre teve braços em suas artes na época do PS1, porém nunca apareciam nos jogos; nesta versão a Toys for Bob resolveu colocar braços (até demais) no personagem, deixando-o estranho para os jogadores que estão mais familiarizados com a franquia, porém ele recebeu um tratamento melhorado em suas animações, principalmente durante as cutscenes.

Na jogabilidade, Spyro 1 está excelente, tendo comandos idênticos aos do jogo original, tendo apenas alguma dificuldade maior na movimentação nas fases de vôo. Um ponto muito bem-vindo foi a inclusão da opção de jogar com os controles clássicos, onde usamos os botões dos gatilhos (L2/R2;LT/RT) para movimentar a câmera horizontalmente, mas também há a possibilidade de mover a câmera livremente usando o analógico direito. No controle atualizado, a única alteração ficou em relação aos botões L2/LT e R2/RT que podem ser usados para centralizar a câmera atrás do Spyro e para cuspir fogo, respectivamente, que é uma boa opção para aqueles jogadores acostumados a usar os botões dos gatilhos dos jogos de tiro para “atirar” fogo.

Em relação aos sons, o jogo conta com efeitos resgatados dos jogos clássicos (lembrando que a produtora não conseguiu nenhum dos assets – recursos – dos jogos originais, portanto, tiveram que fazer muita coisa do zero) e outros foram levemente modificados, como é o caso dos sons das joias. As músicas estão muito bem remixadas, tendo como colaborador o próprio Stewart Copeland, que trabalhou na trilogia de PS1 e no Enter the Dragonfly. Para quem prefere as músicas originais, a Toys for Bob incluiu no menu a possibilidade de alterar as músicas para as clássicas.

No geral, Spyro 1 ficou excelente; tão bom quanto o original e teve adições bem-vindas à sua estrutura. Uma delas foi a inclusão do auto-save ao libertar dragões ou ao passar pelas fadas que ficam no lugar dos dragões libertados. Graficamente está lindíssimo, contando inclusive com efeitos impressionantes de iluminação e “fog” (Beast Makers é o mundo mais impressionante do jogo, sem dúvidas). Os efeitos sonoros e músicas estão muito bons, incluindo efeito de som dinâmico, que surge quando Spyro entra em cavernas, fica parado por algum tempo ou quando morre e o jogo está carregando para voltar ao último checkpoint. Aliás, o tempo de carregamento talvez seja o ponto negativo do jogo (que pode muito bem ser resolvido com um patch, assim como aconteceu com Crash: N. Sane Trilogy neste ano), demorando mais de 10 segundos para recarregar quando Spyro morre e até quase 1 minuto entre uma fase e outra.

Muitas das observações analisadas no jogo Spyro 1 servirão para suas sequências, Spyro 2 e 3, por isso a análise de cada um desses jogos será feita em conjunto, formando uma análise só. As observações referentes a um jogo em específico será destacada na análise a seguir.

Som
9
Gráficos
10
Desafio
7
Jogabilidade
9
Geral
9

Nota do Site

8.8

Ótimo

Pontos Positivos

Pontos Negativos

Falarei agora dos jogos seguintes, Spyro 2 e Spyro 3.

Spyro 2 Reignited Logo

Spyro 2: Ripto's Rage!

Quem acompanha meu trabalho fora do site, sabe que Spyro 2 é o meu favorito da trilogia original, e como favorito, acho que tenho alguma propriedade para criticar pontos que muitos não notaram e para elogiar pontos que foram mantidos ou melhorados no jogo.

Primeiramente, mantenho tudo que eu disse em relação ao Spyro 1 para o Spyro 2, exceto por um detalhe: o jogo apresenta alguns bugs gráficos como personagens ou inimigos entrando em objetos ou paredes e a dificuldade do jogo que está um tanto quanto desequilibrada.

Com relação à dificuldade do jogo, as fases apresentam graus normais de dificuldade e isso não é o problema. O problema começa quando percebemos que os chefes do jogo apresentam diferenças absurdas nas dificuldades. Crush, primeiro chefe do jogo, na primeira vez que joguei, foi absurdamente ridículo de tão fácil. Quem lembra do chefe em questão, sabe que os ataques dele dependem dos powerups que estão no chão – se é azul, Crush lança um campo de força de eletricidade, que obriga o jogador a desviar pulando estes campos; se é vermelho, Crush lança bolas de fogo, que obriga o jogador a desviar para os lados. O que aconteceu comigo foi que o Crush simplesmente me atacou usando apenas o campo de força e, o mais engraçado, ele não correu atrás de Spyro nos 2 últimos ataques para tentar acertá-lo. Todos esses problemas mencionados podem ser corrigidos com um simples patch de atualização. Deixando claro que isso do Crush aconteceu apenas na primeira vez que o enfrentei, mas não nas outras. Mas quando chegamos ao Gulp as coisas ficam mais difíceis… e difíceis mesmo. Gulp já era um chefe desafiador no Spyro 2 original, porém os ataques de Gulp permitiam reações do jogador, mas nessa nova versão Gulp não se distrai com os pterodátilos como no original, focando-se totalmente em atingir Spyro. Quando ele ataca com as bolas de eletricidade, é incrível como elas caem facilmente na cabeça de Spyro, mesmo o jogador correndo pelo cenário. Não acontece isso toda vez, mas acontece muito durante a batalha. Para ajudar, os pterodátilos possuem uma inteligência artificial bem burrinha, pois jogam os ovos com itens quase sempre próximo do Gulp. Além disso, temos que nos preocupar com estes itens, pois se forem galinhas que dão saúde a Sparx, Gulp pode comer e recuperar sua saúde também, então tem que se preocupar em pegar as galinhas antes dele. Passado o Gulp, você enfrentará Ripto, o vilão principal do jogo… Só que como vilão principal, por incrível que pareça, ele é mais fácil de derrotar que Gulp. Por isso digo que a dificuldade está desequilibrada. As fases estão “ok”, nem muito fáceis nem muito difíceis, como se deve ser mesmo (lógico que esperamos que o grau de dificuldade aumente, mas no caso do Spyro 2 aumenta bem pouco).

Como eu disse antes em Spyro 1, Spyro 2 apresenta gráficos lindíssimos, com efeitos incríveis de iluminação e animações excelentes, está localizado totalmente em português, incluindo Hunter e Moneybags tiveram seus nomes traduzidos para Caçador e Gastão, respectivamente, então as críticas que fiz acima são as únicas que tenho em relação ao jogo, pois foram as que mais me marcaram. Mas no geral, Spyro 2 está impecável, possuindo erros mínimos que podem ser corrigidos com patches. As músicas, efeitos sonoros e dublagens estão excelentes, principalmente nas cutscenes pré-renderizadas.

Som
9
Gráficos
10
Desafio
9
Jogabilidade
9
Geral
9

Nota do Site

9.2

Ótimo

Pontos Positivos

Pontos Negativos

Spyro 3 Reignited Logo

Spyro: Year of the Dragon

Falemos agora de Spyro 3. Este é um jogo incrível que ficou muito melhor nessa remasterização, mas um detalhe chama a atenção: Spyro 3 não foi totalmente desenvolvido pela Toys for Bob! Talvez pela falta de tempo da produtora inicial, a mesma pediu ajuda a outras para concluir o projeto e a produtora escolhida foi a Sanzaru Games, mesma produtora do jogo Sly Cooper: Thieves in Time de PS3 e PS Vita. O resultado foi um jogo lindíssimo do mesmo jeito, com mais elogios do que críticas.

Vamos então aos elogios. Alguns já fiz, como em relação aos gráficos, músicas e efeitos sonoros, além das dublagens em português. A dificuldade do jogo, ao contrário de Spyro 2, está mais justa e aumenta gradativamente conforme o jogo vai passando. Os controles com os personagens extras (Sheila, Sgt Byrd, Bentley, Agent 9, Sparx e Hunter) estão muito bons, com destaques a Sheila e Agent 9, que tornaram a movimentação muito mais fluida e os comandos bem mais simples, principalmente com a nova movimentação de câmera.

As críticas vão aos mesmos pontos que argumentei na análise do Spyro 2: bugs gráficos. Exceção vai à dificuldade, que já expliquei no parágrafo acima. Ocorreu durante uma jogada ao vivo no canal um glitch que foi muito comum em Spyro 3 no PS1, que é de sumir joias. Aconteceu isso comigo apenas uma vez na fase Seashell Shore e não mais depois disso. Simplesmente saí da fase e voltei a ela e a joia apareceu ao derrotar um Rhynoc. Enfim, um problema infinitamente menor que os que enfrentávamos na versão original lançada em 2000.

Som
9
Gráficos
10
Desafio
9
Jogabilidade
9
Geral
8

Nota do Site

9.0

Ótimo

Pontos Positivos

Pontos Negativos

Conclusão

Concluindo, Spyro: Reignited Trilogy foi uma excelente coletânea e um presentão aos fãs de Spyro que estavam (como eu) necessitando o retorno do personagem à sua melhor forma, voltando às suas raízes e revisitando em alta definição locais e histórias, simples é verdade, e marcantes. Spyro foi uma inovação na época em se tratando de jogos de plataforma e aventura, acrescentando elementos de exploração a este estilo de jogo que já estava cheio de representantes de sucesso. Infelizmente, no Brasil, Spyro ainda não é muito conhecido e isso se nota quando comparamos os fãs brasileiros de Spyro com os fãs gringos do mesmo. Lá fora, eles são muito mais empolgados com o personagem, e aqui no Brasil, é pouco conhecido e os que conhecem parece não terem orgulho de dizer que curtem o personagem… O que é uma pena.

Spyro: Reignited Trilogy foi lançado no dia 13 de novembro de 2018 para PlayStation 4 e Xbox One. Em 3 de setembro de 2019 foi lançada a versão do jogo para Nintendo Switch e Steam, contando esta última com a opção de 60 quadros por segundo, o que deixou a trilogia ainda mais bonita do que antes. Infelizmente, o problema de demora no carregamento na versão PS4 (não sei quanto ao Xbox One, pois não tenho) não foi consertado.

Análises dos Visitantes do site

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